24/10/07

Expression European Designer Tour - Relato




Esta tarde estive no Casino de Lisboa, neste evento realizado pela Microsoft que já referi no blog anteriormente.
O evento começou com a exibição de um vídeo de animação ilustrando as dificuldades existens na comunicação entre Designers e Developers. Um designer quer um conceito, o developer implementa de forma errada, e após um jogo de ping-pong arranja-se uma solução "parecida" com a desenhada martelando a implementação errada. Este é o problema que segundo a Microsoft o Expression Studio visa minimizar ou mesmo resolver.

A 1ª sessão foi dada pelo José António Silva – Architect Advisor, Microsoft.
Começou por tentar definir o conceito User Experience (UX).
Uma boa interface passa despercebida, mas quando somos obrigados a utilizar uma interface mal concebida essa má impressão tem um impacto bem maior. As pessoas assumem que o bom é o espectável, e o mau é que é de censurar.
UX por um lado é fiabilidade (segurança, expansão potencial, previsibilidade da interface, confiança), é também usabilidade (acessibilidade, aprendizagem simples). Um exemplo de aumento usabilidade é a alteração do Alt+Tab do Windows XP onde apenas aparecem os ícones das aplicações e os seus títulos, para a versão do Windows Vista, onde temos um preview das janelas para melhor identificação.
UX é utilidade. Tem de haver funcionalidade e valor acrescentado. Temos também a vertente da adaptabilidade (ao contexto, possibilidade de personalização). Como exemplo de adaptabilidade temos a Ribbon do Office 2007, que apresenta opções sensíveis aos objectos actualmente seleccionados.
A UX tem de apelar ao utilizador. A beleza, sensação de exclusividade e o apelo emocional fazem parte destas características não ligadas à funcionalidade, mas à "psicologia do utilizador".

No fundo a User Experience tem como objectivo ser Efectiva, Eficiente e Satisfazer, tendo como base o melhor do design, tecnologia e usabilidade.

Reforçou-se a necessidade de ter uma camada de apresentação acima das tecnologias. Esta camada é o que liga o utilizador aos sistemas informáticos, e é nesta camada que se inserem elementos como o Ajax, Silverlight e Windows Presentation Foundation (WPF).
A partir deste ponto a tarde foi direccionada para o Silverlight. Este é um plugin cross browser/plaftorm que visa criar uma User Experiencia rica em conteúdos multimédia, e baseada em .NET.
Foram mostradas algumas aplicações web feitas com Silverlight que se encontram no showcase do site oficial.
De realçar o suporte de transmissão de conteúdos em alta-definição (HD).
Uma aplicação Silverlight/WPF consiste num ficheiro XAML, uma definição em XML do conteúdo. É esta definição que é manipulada, por um lado pelo designer, e por outro pelo developer.
Este formato permite ainda a criação de ferramentas de terceiros para exportação de formatos incompatíveis para elementos "importáveis", ou mesmo o desenvolvimento de ferramentas de desenvolvimento.
Foi mostrado ainda o site http://premium.quiksilverlive.com
A 2ª sessão, dada por Martin Tirion – User Experience Advisor, Microsoft, consistiu num conjunto de demonstrações das aplicações do pacote Expression Studio.
Expression Web - edição de XHTML,CSS, XML e XSLT.
Expression Design - Desenvolvimento de elementos de interface, ferramenta vectorial.
Expression Blend - Interfaces Interactivas para Windows / Web
Expression Media - Catalogação de recursos multimédia, controlo de versões, procura, tagging
Expression Encoder - Conversão de formatos de multimédia

É de realçar que na realidade a comunicação entre Designer e Developers é sempre necessária. Tem de se definir os elementos de interface a desenhar, quais os nomes associados, e outras regras de forma a tornar a colaboração possível. Um grande benefício que foi realçado numa conversa com o orador, após a apresentação é a possibilidade de o programador fazer uma interface "tosca" com os elementos básicos, sendo esta melhorada por um designer.

Foi executada uma demonstração transversal ao Expression Studio que consistiu na criação de um player de um vídeo WMV. Começou por fazer o encoding do vídeo no Ex. Encoder (de realçar a possibilidade de fazer encoding de pré-visualização para comparação da qualidade de vídeo. Desta forma não se perdem horas a fazer encoding de um vídeo, para concluir que a qualidade é insuficiente). Nos vídeos podem-se colocar marcadores de capítulo, ou despoletar trechos de código num dado momento do vídeo.
No Ex. Web vão reparar que o look and feel é semelhante ao do Frontpage ou do VS Web Developer.
No Ex. Blend achei genial a opção de pegar numa animação e gerar a animação inversa. Imaginem uma situação habitual de por uma animação de entrada de um elemento. Blend permite gerar a animação inversa com 2 cliques. Muito porreiro! Outra cena gira, é que se tivermos uma animação despoletada por exemplo por um mouse enter num elemento, e despoletarmos um outro evento que começe uma segunda animação, o Blend trata de parar a 1ª e executar a 2ª. Parece tosco, mas na demo deu a sensação de haver fluidez neste processo.
Na 3ª sessão, dada pelo mesmo orador, pois o orador agendado não teve possibilidade de vir, falou-se de forma genérica do que é e será a web. A necessidade de ir de encontro ao que os utilizadores esperam, e a importância de não concentrar esforços num público alvo específico, quando existe um mercado por explorar.

Este é o princípio por trás desta conclusão:

Se nos concentrarmos na zona vermelha que é a mais popular, existe uma cauda enorme (maior que a parte vermelha) mas que não está a ser rentabilizada.

Foi uma tarde interessante. Apenas tive pena de não terem mostrado mais sobre WPF e desenvolvimento de aplicações Windows. A tarde foi virada para a web. Por outro lado fico ansioso pela versão 1.1 do Silverlight, onde já virá suporte para programação em .NET ao invés do javascript. Neste momento o .NET faz parte apenas do universo WPF.

Os comes e bebes eram porreiros (principalmente porque o evento foi de borla :-P)

Escrevi demais... Peço desculpa! (Pelo menos a quem conseguiu ler tudo até esta última linha :-P)

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